'Festival Cogito' decorreu este sábado em Oeiras

24 abr 2018
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Oeiras foi no passado sábado, palco de “ideias que transformam”. Em pleno Taguspark teve lugar o Festival Cogito – Primavera, onde se falou de assuntos sérios, interessantes, num ambiente informal, em que as protagonistas foram as ideias, dos mais variados temas. Da ciência à sexualidade, passando por biblioterapia e drones, criatividade e inovação, entre outros, o objetivo foi cumprido: partilharam-se ideias, num evento para a disseminação de ideias que pretendem mudar a vida quotidiana e melhorar o futuro próximo.

E por lá passaram muitas pessoas, algumas bem conhecidas do público, como foi o caso de Ricardo Costa, que teve a seu cargo a apresentação e moderação deste encontro. Para o jornalista e diretor da SIC “foi um dia muito bem passado e com muito boas ideias, interessantes, inovadoras e o facto de serem partilhadas foi muito estimulante”. “Vimos ideias diferentes, de áreas distintas, que nos fizeram pensar nos projetos e nas extraordinárias mudanças que estão à nossa frente”, acrescentou.

Ideias humorísticas também marcaram presença com Nuno Markl, que fez uma “Desconferência”, no final do dia. Este autodenominado “viciado em ideias”, pedra de toque da sua profissão, mostrou alguns exemplos de trabalhos por si criados a partir de situações banais, do dia-a-dia, que lhe deram ideias para sketches.

Marta Crawford levou à discussão a sua ideia de ser criado um Museu Pedagógico do Sexo. Como nos explicou a sexóloga, trata-se um “um museu para todos, para todas as idades, com conteúdos programáticos para cada geração, incluindo crianças”. Para Marta Crawford, o que faz sentido é “acompanhar as pessoas ao longo da vida nesta área que é a da sexualidade ou seja, ajudar as pessoas a serem felizes”.

O Festival contou ainda com os oradores Rita Fior, Mónica Bettencourt Dias, Arlindo Oliveira, Joana Lobo Antunes, Octávio Mateus e Simão Mateus, André Moura, César Ferreira, Rosalia Vargas, João Couvaneiro, Graça Rebocho e Pedro Teixeira.

Ideias não escassearam. Falou-se ainda de drones e de como estes otimizam o levantamento de problemas ao nível de fontes eólicas, de maneiras de ultrapassar problemas tais como a gaguez através da biblioterapia, o que quer dizer através dos livros e da leitura, novas abordagens ao tratamento do cancro, a ciência em 90 segundos, as mentes digitais, ficção científica ou futuro próximo e a criação do Parque de Dinossauros, entre outros.

Para o Presidente da Câmara Municipal de Oeiras esta edição do Cogito tem um balanço muito positivo.

  Isaltino Morais considera que “ ideias, todas as pessoas podem ter, mas, as boas ideias, quando combinadas com a ação, têm a capacidade de transformar”.

 

O autarca considera que é importante pensar, mas que “uma ideia tem de ter um sentido utilitário ou seja, tem atingir outro estágio, o da ação, ou a ideia perde-se”. Deu como exemplo o caso do Taguspark, onde decorreu hoje o Cogito, “cuja criação foi também fruto de uma ideia, de um sonho de algumas pessoas, em que muitos não acreditavam, mas que se realizou, num Portugal que não era o de hoje”.

Pela segunda edição do Cogito passaram mais de 350 pessoas, que puderam pensar, trocar ideias, mas não só. A par do palco, onde decorreram as palestras, houve também uma parte de convívio. E este ano, o Cogito realizou uma ideia que agradou a vários pais, pois puderam participar no evento porque tiveram onde deixar os seus filhos, no Espaço Kids, com atividades paralelas para os mais pequenos.

A iniciativa decorreu ao longo do dia no Centro de Congressos do Taguspark, numa série de três painéis, compostos por oito palestras inspiradoras e ainda um debate sobre soluções inovadoras nos domínios da educação.