Vinho Villa Oeiras

Foi no séc. XV que, de forma comprovada, se encontram os primeiros registos de um vinho que se produzia na região de Carcavelos. No entanto, é no século XVII que encontramos pela primeira vez o Vinho de Carcavelos em Inglaterra. Terá sido no século XVIII que o Vinho de Carcavelos terá atingido o seu apogeu, a nível de produção, com grandes produtores como a Quinta da Alagoa e a Quinta do Marquês de Pombal.

Heinrich Friedrich Link, viajante que esteve em Portugal nos últimos anos do século XVIII, diz-nos que só os vinhos do Porto, de Carcavelos e de Setúbal são exportados, todos os outros são consumidos localmente. O seu prestígio internacional e expansão a nível de elites, é comprovado com a sua presença como peça de prestígio num dos primeiros leilões de vinhos da Casa Christie’s, em Setembro de 1769. 


Se encontramos o Vinho de Carcavelos, ou Calcavella, em Londres, como vinho prestigiado, também o encontramos na América do Norte à venda em Pertersburg, Norfolk, Portsmouth, Tappahannock, desde a segunda metade do século XVIII, como pode ser confirmado nos anúncios presentes no Virgínia Gazette, dentro de um mercado de importação em que o Vinho da Madeira era muito requisitado e onde não faltava o Lisbon Wine.

E eis que, em 1908 é decretada, formalmente, a Região Demarcada de Carcavelos.



 

E se até aqui o Carcavelos obteve uma produção constante e cheia de reconhecimento granjeando, cada vez mais fãs, ele sofre profundas alterações na sua produção em pleno século XX: por um lado com a proliferação da Filoxera que grassou no país mas, também, com a necessidade de se urbanizar terrenos para dar resposta a uma cada vez maior procura por parte da população que pretendia viver mais perto da Capital. O definhar deste património material e imaterial a que a autarquia de Oeiras, por orientação do presidente Isaltino Morais, vem colocar cobro.

É no respeito pelo passado, na recriação de um produto histórico de elevada qualidade, que a Câmara Municipal de Oeiras inicia um plano de recuperação, por um lado com a replantação de vinha e, por outro, dando consistência a uma cada vez maior produção do Carcavelos. 

 


 


Este foi apenas o primeiro passo de uma autarquia que, pela primeira vez na história do poder local em Portugal, assumia uma cada vez mais relevante posição na produção de um produto vitivinícola. Ainda nem dez anos tinham passado da assinatura do protocolo quando, em 1997, a autarquia de Oeiras renova esse mesmo protocolo obtendo uma maior participação e, desta vez, prevendo a recuperação do edifício do Casal da Manteiga para adega.

Se o vinho tem a fruta que o origina teria, a partir deste dia, a casa onde estagiava, onde crescia, onde encorpava e de onde saía mais denso e firme. Este investimento foi totalmente assumido pela autarquia e, em 2001, inauguraram-se as novas instalações da Adega do Casal da Manteiga com um lagar para produção de vinho totalmente equipado. Se o vinho é secular, a sua produção é de vanguarda.

 


 

Em 2006 o protocolo é revisto. Desta revisão a autarquia assume uma cada vez maior preponderância e responsabilidade na salvaguarda e projeção do Carcavelos ficando com a exclusividade da exploração das vinhas da Estação Agronómica Nacional.

 


 

 

Em 2012 a autarquia recuperava o Palácio do Marques de Pombal e o jardim onde se encontra a Adega do Palácio, sendo ampliada a área de estágio em madeira aumentando o número de pipas.

E é deste esforço de recuperar o passado, respeitando-o e trazendo-o até aos nossos dias, de forma a este património se mantenha consistente, que hoje o vinho Carcavelos Villa Oeiras é um produto reconhecido e respeitado possuindo mérito nacional e internacional.
Este é o reconhecimento de um esforço, de já algumas décadas, que este Município tem vindo a fazer para produzir um vinho de referência nacional e internacional, sempre numa perspetiva de recuperação do património, vínico, paisagístico, cultural, arquitetónico de toda uma região demarcada, que esteve em vias de extinção e que goza hoje de uma estrutura consistente.

 


 

Esta é uma viagem vínica, uma viagem que acontece na mais pequena região demarcada de Portugal, região demarcada de Carcavelos. 

 

 

 

PRÉMIOS 

O vinho de Carcavelos Villa Oeiras ganhou reconhecimento com o Marquês de Pombal, mas continua nos dias de hoje a fazer história e a marcar a diferença.


Ano após ano, este vinho generoso, produzido pelo Município de Oeiras na mais pequena região vitivinícola do país é merecedor de prémios e distinções que corroboram aquilo que mais o identifica – a qualidade de excelência.

 

2021:

Concurso Cidades do Vinho (realizado em maio  | Lagoa, Algarve

- ‘Grandes Medalhas de Ouro'
Um total de 560 amostras de produtores de 80 Municípios foram apresentadas a concurso e das 12 ‘Grandes Medalhas de ‘Ouro atribuídas, 3 foram conquistadas pelo Villa Oeiras, tendo recebido as seguintes pontuações:

Villa Oeiras Tinto 2009 - 95,6 pontos;
Villa Oeiras Superior - 94,6 pontos;
Villa Oeiras 7 Anos - 93 pontos.

 


 

Casal da Manteiga Branco 2020 garrafeira IGP Lisboa

Ficha Técnica:

Produtor: Município de Oeiras
Castas: Arinto, Galego Dourado e Ratinho
Tipo de Solo: Mediterrâneo vermelho-calcário
Clima: Microclima caraterizado por invernos com temperaturas médias de 11,6⁰C e verões com temperaturas médias de 23,2⁰C. A precipitação anual média é de 850mm, apresentando verões secos com menos de 5,2 mm.
Vinificação: Vindima manual. Parte do lote fermentou com curtimenta e outra parte fermentou com bica aberta em cubas de inox
Envelhecimento: O vinho estagiou em cascos de carvalho português durante três anos, seguido de um estágio em garrafa durante um ano

Prova Organolética:
🔹 Cor: notas esverdeadas/ amareladas
🔹 Prova: refletindo as características dos solos e do clima, este vinho é marcado por um carácter único com aromas finos e persistentes. Na boca é denso, elegante e com uma enorme complexidade.
🔹Sugestão de harmonização: Deve ser servido a temperatura de 8º a 10º C, ideal para acompanhar massas, mariscos e peixes.

Análise Sumária:
🔹 Álcool13,5 %
🔹Açucares totais: 3,1 g/L
🔹 Acidez total: 6,8 g/L
🔹 pH: 3,26
🔹 Acidez volátil: 0,34 g/L
🔹SO2 Livre: 13 mg/L
🔹 Valor Energético/100 ml: 324kJ/78Kcal

Enologia: Pedro Sá
Coordenação Geral: Alexandre Lisboa


 

Enoturismo

O Enoturismo em Oeiras alia todos os aspetos inerentes à cultura do vinho com o turismo, promovendo o conhecimento das etapas do processo produtivo, dos aromas e dos sabores do distinto vinho Villa Oeiras.

 


 


A atividade turística onde está inserida a cultura do vinho, vai muito além de uma simples visita ao Casal da Manteiga e à Adega, seguida de uma prova de vinhos. O Enoturismo em Oeiras vivencia a cultura e a importância histórica desta atividade agrícola nesta região do concelho. 

 


Em Oeiras produzimos um vinho de qualidade superior. 

 


O vinho de Carcavelos ganhou reconhecimento com o Marquês de Pombal, mas continua nos dias de hoje a fazer história e a marcar a diferença.
Ano após ano, este vinho generoso, produzido pelo Município de Oeiras na mais pequena região vitivinícola do país é merecedor de prémios e distinções que corroboram aquilo que mais o identifica – a qualidade de excelência.


O Vinho ‘Villa Oeiras’ é o resultado de uma combinação de vários elementos que originam um vinho extraordinário - Solo fértil, ventos, uvas, clima, madeira e o engenho do homem.
Um vinho generoso, branco, aveludado de características singulares.

Bombons Villa Oeiras

O Vinho ‘Villa Oeiras’ é o resultado de uma combinação de vários elementos que originam um vinho extraordinário - Solo fértil, ventos, uvas, clima, madeira e o engenho do Homem.

 

O vinho ‘Villa Oeiras é um vinho generoso, fortificado e que faz parte da impressão digital de Oeiras.

Reconhecido pela excelente qualidade e sabor impar, tem sido reconhecido mundialmente e merecedor de vários prémios, nacionais e internacionais.


Ao vinho ‘Villa Oeiras’, juntámos-lhe o par perfeito: Uma caixa de bombons de chocolate recheados com este precioso nectar.

Vinho Villa Oeiras