O desenvolvimento integrado do território
As análises desenvolvidas pela Universidade de Cambridge/ECORYS, em torno da competitividade das cidades europeias, mostram de forma clara que estas competem por quatro grandes elementos de valor: investimento privado externo, financiamento público, residentes qualificados e visitantes qualificados.
Entre os principais objetivos de desenvolvimento territorial para os governos locais/regionais, estão: a produtividade territorial e o emprego.
No Relatório sobre o Estado das Cidades Europeias, os principais fatores de valoração da competitividade territorial colocam-se em quatro grandes pilares (ou raízes):
1. A Inovação – tanto entendida em termos das atividades de I&T, por sua vez apropriadas pelas redes empresariais do território, incluindo as redes com investimento direto estrangeiro; como em termos dos fatores mais clássicos de existência de universidades;
2. O Empreendedorismo – detendo importantes raízes culturais em diferentes metrópoles, cada vez mais baseado na capacidades de cada sociedade local de enfrentar riscos.
3. O Talento – muito baseado numa elevada qualificação das populações, não necessariamente residentes permanentes, mas decerto pressupondo excelentes condições de qualidade de vida;
4. A Conectividade – territórios que detenham excelentes redes de comunicação e de intercâmbio de bens, pessoas e informação (por sua vez, entre múltiplos territórios). Este fator liga-se igualmente às infraestruturas de transporte e, de forma mais global, à capacidade de mobilidade universal.
Por fim, há que interpretar as principais variáveis ligadas às dimensões da governação. Entre as análises mais substantivas desenvolvidas aos fatores críticos de sucesso na atração dos principais elementos de valoração territorial, poderemos destacar os estudos da London School of Economics.
Tendo por base a análise da evolução de mais de duas centenas de territórios europeus, desde meados da década de 1980, e a observação do comportamento de uma série de variáveis endógenas e exógenas, confirma-se uma forte correlação entre, o sucesso nos padrões de crescimento económico e o desenvolvimento da qualidade de vida, as seguintes variáveis centrais:
1. A Urbanidade (qualificação e cosmopolitismo) e a Centralidade (metropolização e policentrismo) dos territórios.
2. A Boa Governação, na existência de estratégias próprias e claras, a nível de ação e planeamento governativo de âmbito local e regional.
3. A Boa Governança, na boa conjugação das estratégias públicas com as estratégias do sector privado, e nas correspondentes práticas de negociação e de concertação entre os diversos stakeholders de um território.
Tendo por parâmetros tudo o que foi anteriormente referenciado, podemos afirmar inequivocamente que Oeiras reúne as condições e os resultados para poder ser assumido como um caso de sucesso a nível nacional.